sábado, 25 de janeiro de 2014
Velha casa
A casa da gente reflete o estado do nosso espírito. Essa é uma afirmação óbvia, mas seu sentido concreto continua a me impressionar. Minha desorganização interna e descaso estavam refletidos na bagunça do apartamento. Os livros acumulados pelo chão, uma biblioteca que não se fez e espalhou-se como uma inflação, tomando partes físicas do chão e diminuindo o espaço, físico e mental. A casa se vinga e vai nos sufocando. A passagem de Marta, com sua arguta observação para além do normal, foi o impulso que precisava para mudar. Investi uma grana em estantes, tirei as coisas do chão, separei dezenas de livros para dar. Joguei fora papéis, coisas as mais diversas e, de repente, a casa se abriu novamente para mim. Joana já havia me dito que a casa reage a essas coisas. E é verdade. Ainda estou no processo, mas já sinto vontade de trazer as pessoas para cá novamente. Sobretudo ela.
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